LAHPIS – Laboratório de História da Política Internacional Sul-americana

Política internacional sul-americana: Biblioteca

A linha de pesquisa ‘Política internacional sul-americana’ busca promover debates e investigações acerca da política internacional e das políticas externas dos Estados sul-americanos durante o período de formação e consolidação dos Estados no século XIX. A iniciativa pretende aprofundar os conhecimentos acerca deste momento histórico, por meio de uma abordagem interdisciplinar, perpassando dimensões como as da História, das Relações Internacionais, da Segurança e Defesa, entre outros. Esse diálogo particularmente abrangente relaciona-se diretamente com o esforço dos pesquisadores da linha em repensar as possibilidades existentes nas fontes diplomáticas para o entendimento das políticas externas e da política internacional. Dessa forma, o grupo se dedica no desenvolvimento de pesquisas de caráter inovador, utilizando novas metodologias e olhares acerca da política internacional e das políticas externas, apresentando e/ou revisitando objetos, acontecimentos e personalidades que se relacionaram com a inserção internacional dos países naquele período. Ademais, objetiva-se participar ativamente dos processos de divulgação e vulgarização do conhecimento produzido sobre essa temática, ainda hoje restrito tanto dentro quanto fora do ambiente acadêmico.

Livros

Rafael da Fonseca Tamae. A política externa do Brasil Império e a Guerra contra Oribe e Rosas: um estudo sobre o debate político na intervenção de 1851. São Paulo: Intermeios, 2024 . Link

Um livro com uma abordagem inovadora, que traz uma compreensão inédita sobre um dos momentos cruciais da política externa brasileira no século XIX. Muito já se escreveu sobre as conflituosas relações com os países vizinhos da bacia do Prata. Este livro analisa o tema tendo por ponto de partida a dinâmica do sistema político, considerando a participação de atores de diferentes instâncias decisórias. Deste modo, evidencia a constante tensão que permeou a tentativa do governo brasileiro de manter uma política oficial de neutralidade e os caminhos que levaram à intervenção militar no Uruguai em 1851.

Daniel Rojas; Sebastián Martinez; Pierre Geal; Graziano Palamara (Eds.). Una modernidad política iberoamericana. Siglo XIX. Formación, relaciones internacionales y representaciones de la nación. Madri: Marcial Pons, 2023 . Link
Este livro explora os diversos significados da modernidade política na história ibero-americana do século XIX. Seu objetivo é demonstrar que a modernidade política não só é comparável à ruptura revolucionária de 1808, mas que a transição entre valores tradicionais e revolucionários que caracterizou a emergência dos Estados nacionais no espaço ibero-americano se realizou em um segmento espacial – período de tempo mais longo. O leitor tem em mãos um volume preparado por um grupo de historiadores e escritores da Europa e da América Latina que abordam problemas que não tinham sido observados através do prisma da modernidade política: as mulheres e a condição feminina, a dimensão econômica do liberalismo político, a atualização moderna do pensamento conservador, a administração das fronteiras internas, a história das relações internacionais.

Daniel Rojas; Warren Pezé (Eds). International Recognition. A Historical and Political Perspective. Tubingen: Mohr Siebeck, 2022. Link

O reconhecimento internacional tem sido geralmente discutido do ponto de vista do direito internacional e apenas no que diz respeito à história moderna. Este volume adota uma perspectiva muito mais ampla, traçando a história do reconhecimento até o mundo antigo. Aborda a questão do reconhecimento como um processo político onde o direito aparece como apenas um dos vários recursos à disposição dos tomadores de decisão. Os colaboradores exploram os momentos cruciais da história do reconhecimento à escala europeia e mundial: a formação dos impérios romano e carolíngio, a Paz de Westfália, a independência latino-americana, a descolonização e a Guerra Fria. A comparação traz à luz as continuidades e descontinuidades do reconhecimento dentro e além dos limites históricos do Estado moderno.
Daniel Rei Coronato. Diplomatas & Estancieiros – A construção nacional brasileira e a busca do equilíbrio de poder no Prata. Belo Horizonte: Convexa, 2020. Link
A história da política externa do Brasil é um território aberto às mais diversas possibilidades de interpretação. Dentre desse universo, destaca-se a oportunidade de se investigar de maneira conjunta a construção nacional do Brasil e de sua diplomacia. Colaborando com essa perspectiva, a obra busca debater os elos de conexão a formação do Estado nacional brasileiro e a inserção internacional do país na região do Prata, demonstrando como as tensões entre o poder local e o central foram fundamentais para a consolidação da região meridional, assim como dos países do Cone Sul, em especial a Argentina e o Uruguai.
Daniel Emilio Rojas (Ed). Amérique latine globale. Histoire internationale, globale et connectée. Paris: L’Harmattan, 2017.Link
Com o objetivo de interpretar o lugar do subcontinente latino-americano na história mundial, este volume reúne o trabalho de pesquisadores que desejam escrever uma história moderna e contemporânea “em partes iguais”, capaz de compreender as conexões dos povos em diversas escalas temporais e geográficas. . Os temas abordados nestas páginas são múltiplos, desde a circulação de informação dentro do Império Espanhol no século XVIII até às migrações de língua alemã na Namíbia e na Argentina no século XIX.
Gilberto da Silva Guizelin. Comércio de almas e política externa: a diretriz Atlântico-Africana da diplomacia imperial brasileira, 1822-1856. Londrina: Eduel, 2013. Link
Este trabalho contempla a análise da literatura especializada acerca do
tráfico negreiro e da diplomacia imperial para verificar as imbricações entre ambos ao longo da primeira metade do século XIX. Isto implicou uma extensa pesquisa que aborda o período que vai da independência à hegemonia dos Saquaremas no Segundo Reinado, momento em que o conjunto de relações que sustentavam o espaço/tempo Atlântico-Africano e Brasileiro se desfaz e a diplomacia imperial volta seus olhos e esforços para a construção do espaço/tempo Sul-Americano.

Artigos

2024

Bruno Aranha. “Visões emanadas desde as duas margens do rio: a Colônia Militar do Alto Uruguai e a disputa territorial entre Brasil e Argentina "
Bruno Aranha. “Visões emanadas desde as duas margens do rio: a Colônia Militar do Alto Uruguai e a disputa territorial entre Brasil e Argentina”. In: Vanin, Alex Antônio; Tedesco, João Carlos (Org.). “As sentinelas dos sertões: as colônias militares do Império do Brasil”. Passo Fundo: Acervus, 2024. Link: https://www.acervuseditora.com.br/nossasobras/as-sentinelas-dos-sertoes-as-colonias-militares-do-imperio-do-brasil

Resumo

Desde os tempos coloniais, a atual fronteira entre Brasil e Argentina era uma “zona de contato” entre as coroas portuguesa e espanhola e as sociedades autóctones que ali já estavam assentadas antes da chegada dos europeus. Durante o século XIX, este espaço era um mundo à margem dos novos Estados nacionais herdados das duas coroas. Tratava-se de uma sociedade heterogênea composta por indígenas guaranis e kaingangs e por um contingente de uma população mestiça que vivia alheia à existência desses projetos nacionais.
Durante quase todo o século XIX, o espaço situado ao norte da desembocadura do rio Peperi-Guaçu no rio Uruguai, onde hoje se situa todo o oeste de Santa Catarina e o sudoeste do Paraná era uma área litigiosa disputada entre os dois países.

Daniel Rei Coronato & Rafael Tamae. “'A questão oriental é a do futuro do Rio Grande': a província do Rio Grande do Sul e a eclosão da Guerra da Tríplice Aliança (1860-1864)"
Daniel Rei Coronato & Rafael Tamae. “‘A questão oriental é a do futuro do Rio Grande’:
a província do Rio Grande do Sul e a eclosão da Guerra da Tríplice Aliança (1860-1864)”. Revista Eletrônica da ANPHLAC, v. 24, n. 37, 2024. Link: https://revista.anphlac.org.br/anphlac/article/view/4172

Resumo

O artigo explora os antecedentes da crise de 1864 na região do Prata, marcada pela intervenção militar brasileira no Uruguai. Destacando a influência da porção meridional do Império, especialmente as queixas de proprietários brasileiros com o retorno dos blancos ao poder no Uruguai, o texto analisa a política externa brasileira e a diplomacia platina de 1860 a 1864, com ênfase na região do Rio Grande do Sul. A análise revela a complexa interação entre fatores internos e sistêmicos no cenário político meridional, ressaltando a importância das pressões provinciais, principalmente do Rio Grande do Sul, na formulação da política externa imperial. Baseando-se em diversas fontes, como relatórios presidenciais, debates legislativos, imprensa e documentos oficiais, o artigo busca compreender a maneira como as pressões regionais moldaram a agenda política imperial, contribuindo para uma análise aprofundada da agência e das interações entre os atores locais e o governo central.

Gabriel Passetti & Barthon Favatto. “La presencia de México en Brasil y de Brasil en México"
Gabriel Passetti & Barthon Favatto. “La presencia de México en Brasil y de Brasil en México”. Revista Confines, v. 39, 2024. Link: https://confines.tec.mx/index.php/confines/article/view/462

Resumen

El dossier que la revista CONfines tiene el inmenso orgullo de presentar se enmarca en la comprensión de que el conocimiento es una herramienta fundamental para el reconocimiento, acercamiento y entendimiento mutuo entre ambos pueblos y Estados, y esta idea se reflejó en las vibrantes trayectorias de estos dos embajadores. Intitulado “La presencia de México en Brasil y de Brasil en México”, este dossier se suma de manera independiente y paralela, pero de algún modo complementaria, a las iniciativas oficiales realizadas en el marco del Año Dual como a otras actividades y esfuerzos autónomos que respaldan el bienio conmemorativo 2023-2024. Por lo tanto, se trata de una iniciativa única, en los campos de la historia y de las relaciones internacionales, envuelta en una atmosfera de celebración por estos 190 años de relaciones bilaterales.México y Brasil, los dos países más ricos y poblados de América Latina, también concentran dos de las comunidades académicas más vibrantes y activas de la región. En ambos países, la mirada atenta hacia el otro evidencia comparaciones, provoca acercamientos y estimula conexiones. Cercanos pero distantes, similares pero distintos, ambos países ofrecen a los historiadores, internacionalistas y otros investigadores de las Ciencias Sociales y Humanas una serie de puntos en común en sus trayectorias como Estados independientes desde el amanecer del siglo XIX.

Pedro Gustavo Aubert. “A política do Império do Brasil para a República Oriental na primeira metade do XIX: neutralidade, intervenção e tutela"

Pedro Gustavo Aubert. “A política do Império do Brasil para a República Oriental na primeira metade do XIX: neutralidade, intervenção e tutela”. Revista Eletrônica da ANPHLAC, v. 24, n. 37, 2024. Link: https://revista.anphlac.org.br/anphlac/article/view/4179

Resumo
As nacionalidades sul-americanas não estavam dadas de antemão. A República Oriental do Uruguai foi criada em território disputado pelo Império do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata mediante intervenção inglesa em 1828. Contraindo o compromisso de defender a independência da nova unidade nacional sul-americana, o Império do Brasil, ao longo da primeira metade do XIX, teve três políticas distintas para com a referida República: neutralidade, intervenção e tutela, mediante a imposição de tratados altamente desvantajosos, utilizando-se da ameaça militar. Tal processo envolveu uma complexa articulação conduzida pela diplomacia imperial. Aqui, valemo-nos de diversas fontes, tais como os relatórios ministeriais, os pareceres da Seção dos Negócios Estrangeiros do Conselho de Estado e a correspondência diplomática e pessoal do Ministro Paulino Soares de Souza.

2023

Ana Paula Barcelos Ribeiro da Silva. “Diplomacia e intercâmbio cultural e de ideias: passado e presente nas propostas integracionistas entre Brasil e Argentina”.
Ana Paula Barcelos Ribeiro da Silva. “Diplomacia e intercâmbio cultural e de ideias: passado e presente nas propostas integracionistas entre Brasil e Argentina”. In: Loureiro, Marcia (Org.). Brasil e Argentina: 200 anos de relações diplomáticas. Brasília: Funag, 2023. Link: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-1261

Resumo
Medidas integracionistas aparecem frequentemente no cenário sul-americano e ganham destaque atualmente. Nessas iniciativas, o Brasil assume papel de liderança, acompanhado da Argentina, em parceria considerada necessária para o bom desempenho de projetos comuns. Juntos, estes países seguem apresentando à região, ainda que com oscilações oriundas das mudanças de governos, a possibilidade de construção de autonomia através do diálogo em diferentes âmbitos. Assim, sem riscos de anacronismos, entendemos que as relações entre Brasil e Argentina constituem-se historicamente em tema obrigatório para as Ciências Humanas e as Relações Internacionais, em diferentes contextos, a fim de se compreender no passado e no presente suas posições de liderança em projetos integracionistas ao longo dos séculos XIX e XX (papel que se estende ao século XXI), bem como a necessidade cada vez mais presente de se defender as relações bilaterais entre os países.

Daniel Rei Coronato. “A Convenção Preliminar de Paz de 1828 e a formação do sistema internacional platino”.
Daniel Rei Coronato. “A Convenção Preliminar de Paz de 1828 e a formação do sistema internacional platino”. Campos neutrais: revista latino-americana de relações internacionais, v. 5, n. 2,
2023. Link: https://periodicos.furg.br/cn/article/view/15802

Resumo
A Convenção Preliminar de Paz de 1828 pôs fim a um dos mais significativos conflitos internacionais da região platina no século XIX: a Guerra da Cisplatina (1825-1828). Originalmente concebida como provisória, acabou por tornar-se o único dispositivo jurídico internacional relevante na região platina nas décadas seguintes. Contudo, suas disposições falharam em definir fronteiras, assim como estabelecer um marco de relacionamento entre os Estados, especialmente em questões de navegação, extradição e comércio. A ambiguidade de seus artigos abriu caminho para intervenções estrangeiras e conflitos entre os países signatários, além de impor diversas restrições internacionais, incluindo no campo da guerra. Este artigo pretende discutir a ordem internacional platina estabelecida em 1828, refletindo sobre como esse instrumento foi crucial na configuração do sistema internacional platino, com efeitos significativos e decisivos nos processos de formação dos Estados nacionais na região.

Fernando Comiran. “História das Relações Internacionais e da Política Externa Brasileira no século XIX: abordagens e tendências na recente produção acadêmica no Brasil".
Fernando Comiran. “História das Relações Internacionais e da Política Externa Brasileira no século XIX: abordagens e tendências na recente produção acadêmica no Brasil”. In: Silva, André Luiz Reis da (Org.). “Repensando a Política Externa Brasileira (1822-2022): novas abordagens e interpretações”. Curitiba: Appris, 2023. Link: https://play.google.com/store/books/details/Andr%C3%A9_Luiz_Reis_da_Silva_Repensando_a_Pol%C3%ADtica_Ext?id=n1DZEAAAQBAJ&gl=br

Resumo: O presente capítulo tem a proposta de, a partir de uma amostragem de trabalhos acadêmicos oriundos de programas de pós-graduação em História e Relações Internacionais brasileiros, identificar as principais abordagens e tendências nos recentes estudos que versam sobre os temas correlatos à História das Relações Internacionais e da Política Externa Brasileira ao longo do século XIX. Esse exercício não se propõe, em hipótese alguma, nem de se aproximar da totalidade destes estudos – o que exigiria um esforço muito maior – e, tão pouco, apresentar um minucioso ensaio historiográfico sobre o período aqui abordado.

2022

Bruno Aranha. “A fronteira em movimento: luta e resistência indígena nos sertões paranaenses através da ótica das expedições militares brasileiras (1808-1903)".
Bruno Aranha. “A fronteira em movimento: luta e resistência indígena nos sertões paranaenses através da ótica das expedições militares brasileiras (1808-1903)”. In: MYSKIW, Antonio Marcos; BUTZGE, Clóvis Alencar; LEMOS, Marilene Aparecida (Org.). O Sul e suas fronteiras: linguagens e história. Passo Fundo: Acervus, 2022. Link: Acessso gratuito no site da editora

Resumo: O presente capítulo consiste numa proposta de análise de relatos das expedições realizadas por viajantes brasileiros, sob os auspícios do próprio governo nacional, que se dirigiram para a fronteira oeste paranaense, entre 1885 e 1903, dentro da conjuntura de ocupação da fronteira com a Argentina, a qual estava indefinida e sob litígio até a assinatura do Tratado de Palmas em 1895. As expedições estavam todas ligadas à Comissão Estratégica de Guarapuava, criada em 1888 pelo Império para fomentar a ocupação do sertão paranaense e fundar a Colônia Militar de Foz do Iguaçu. Para analisar esse espaço percorrido, ampliamos a ideia de conceber a fronteira apenas como uma linha demarcatória para poder olhar os diversos movimentos e fluxos de populações que por aí transitavam. Não se tratava de um território consolidado, mas de um espaço indefinido, tal como uma “borderland”, idealizado como um sertão pelos brasileiros. O olhar que esses forasteiros manifestaram sobre as populações indígenas, composta por guaranis e kaingangs é o foco da nossa análise. Sendo assim, buscamos mapear os movimentos que vão além do poder estatal. Um dos alvos dos discursos dos viajantes, para além do próprio espaço em si, era os indígenas que aí habitavam, os quais eram vistos com desconfiança, sendo classificados como seres “bárbaros” e “inferiores”. Entretanto, por vezes, as vozes destes “outros”, ainda que de maneira enviesada, chegaram à superfície dos relatos. Logo, buscamos detectar, ainda que pela via desses relatos oficiais, como os indígenas articulavam a sua própria resistência ante o avanço da fronteira do Estado brasileiro.

Daniel Emilio Rojas. "The Independence of Latin American Governments. A Major Transformation in the History of International Law".

Daniel Emilio Rojas. “The Independence of Latin American Governments. A Major Transformation in the History of International Law”. In: PEZÉ, Warren; ROJAS, Daniel (Eds). International Recognition. A Historical and Political Perspective, Mohr Siebeck Verlag, Tubingen: 2021. Link: Acessso gratuito no site da editora

Daniel Rei Coronato. “Clodoaldo Bueno e a História da Política Externa Brasileira: pioneirismo e itinerário intelectual”.

Daniel Rei Coronato. “Clodoaldo Bueno e a História da Política Externa Brasileira: pioneirismo e itinerário intelectual”. Revista História: Debates e Tendências, v. 1, p. 160-171, 2022. Link: http://seer.upf.br/index.php/rhdt/article/view/12848

Resumo: O campo da Histórica da Política Externa Brasileira se confunde com a trajetória de Clodoaldo Bueno. Não é exagero afirmar a impossibilidade de se estudar a história das relações internacionais do Brasil sem, em algum momento, dialogar com a sua produção bibliográfica e intelectual. Graduado em História pela Universidade do Estado de São Paulo – UNESP/Marília (1966), mestre (1974) e doutor (1977) em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP), é professor livre-docente (1984) pela Unesp/Marília, onde foi professor titular em uma trajetória de permanente interesse na inserção internacional do Brasil. Atuou como professor visitante na Universidade de Brasília (UnB) e no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Integrou o corpo docente fundador do Programa de Pós-Graduação em História da Unesp/Assis, onde também lecionou no curso de graduação até 2013, e integrou, também, o grupo de docentes fundador do Programa de Pós-Graduação “San Tiago Dantas” (UNESP/UNICAMP/PUC-SP). Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), nível I-A. Da sua densa produção bibliográfica, merecem destaque os livros A República e sua política exterior, 1889-1902 (1995) e Política externa da Primeira República ( 2003), e, em coautoria com Amado Luiz Cervo, História da política exterior do Brasil (1992), que já está na 5ª edição pela Editora da UnB. Esse último se tornou referência na área de estudos da política externa brasileira e na formação da maior parte dos historiadores e internacionalistas dedicados ao tema, considerada a principal obra-síntese da história da política externa brasileira e, provavelmente, um dos livros mais acessados nos cursos de graduação e pós-graduação da área. Publicou textos em Paris, Londres, Milão, Buenos Aires, Quito, Tóquio e Assunção. Além de sua produção historiográfica, orientou estudantes de pós-graduação, em nível de doutorado e mestrado, influenciando diretamente na formação de pesquisadores dos temas internacionais do Brasil. Em sua vasta obra é evidente o rigor metodológico no estudo de seus temas de pesquisa e no meticuloso uso e tratamento das fontes primárias. Sua obra acadêmica, em sua maioria produzida antes do encurtamento das distâncias que as tecnologias da informação hoje nos oferecem, pode ser caracterizada como multiarquivística, pois suas pesquisas foram fruto de um trânsito em diferentes arquivos e centros de documentação. Nesta entrevista, procuramos ouvir, além de aspectos de sua trajetória pessoal, seu itinerário intelectual, dando atenção para as principais influências teóricas e metodológicas na sua formação e, especialmente, na composição de sua obra. Realizada dentro do contexto da pandemia do novo coronavírus, a entrevista foi realizada através de plataforma virtual em 16 de dezembro de 2020.

Daniel Rei Coronato e Thiago Babo. “O conceito de Estado e o cânone tradicional das Relações Internacionais: crítica e problematização teórica-conceitual"
Daniel Rei Coronato e Thiago Babo. “O conceito de Estado e o cânone tradicional das Relações Internacionais: crítica e problematização teórica-conceitual”. Monções, v.11, n. 21, 2022. Link: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/moncoes/article/view/15612

Resumo: O objetivo deste artigo consiste em avaliar o conceito de Estado na disciplina das Relações Internacionais, demonstrando a existência de uma reificação e universalização do modelo europeu de Estado ao longo dos trabalhos e entendimentos canônicos da disciplina. Analisamos a forma como o conceito de Estado foi abordado no campo das Relações Internacionais, pelas abordagens dominantes, bem como a origem histórica deste modelo político de organização social. A partir destes entendimentos, encontramos um silenciamento constante, no cânone da disciplina, de processos e experiências estatais diversas, ao longo do Sul Global, que apresentaram características próprias. Dessa forma, este trabalho busca compreender em
que medida o silenciamento das experiências não europeias de formação de Estados a partir da reificação do modelo europeu vestefaliano, estabeleceu distorções e entraves para um entendimento, no campo disciplinar das Relações Internacionais, do conceito de Estado. Para enfrentarmos a temática, buscamos apresentar um diálogo interdisciplinar com a Sociologia do Estado e a chamada Sociologia Histórica que, desde meados da segunda metade do século XX, busca aprofundar-se sobre os diferentes processos históricos de formação dos Estados.

Fernando Comiran. "Figueiredo, João Manuel de" e "Herrera, Nicolás Gregorio".

Fernando Comiran. “Figueiredo, João Manuel de” e “Herrera, Nicolás Gregorio”. In: Oliveira, Cecilia Helena de Salles & Pimenta, João Paulo (Org.). “Dicionário da Independência do Brasil: história, memória e historiografia”. São Paulo: Edusp, 2022. Link: https://www.edusp.com.br/livros/dicionario-da-independencia/

Frederico Ferreira e Fabiano Cataldo de Azevedo. “Os tratados da Independência: Arte, Direito e Política".
Frederico Ferreira e Fabiano Cataldo de Azevedo. “Os tratados da Independência: Arte, Direito e Política”. Anuário do Museu Imperial. Nova Fase, v. 3, 2022. Link: https://www.academia.edu/109340722/Os_tratados_da_Independ%C3%AAncia_Arte_Direito_e_Pol%C3%ADtica?email_work_card=title

Resumo: O artigo busca fazer uma análise material e discutir sobre o contexto de criação dos instrumentos de ratificação relativos aos primeiros atos internacionais assinados pelo Império do Brasil entre 1824 e 1828. Detalhando os acordos estabelecidos com países, como Estados Unidos, Províncias Unidas do Prata, Portugal, Grã-Bretanha, França, Áustria, Prússia e Países Baixos; busca-se entender como estes foram importantes na formação do Estado e da nacionalidade brasileira enquanto expressavam o status quo das relações internacionais do período e reafirmavam o papel do Brasil neste contexto.

Gabriel Passetti. “James Monroe, Simón Bolívar e as propostas de integração americana no século XIX”.

Gabriel Passetti. “James Monroe, Simón Bolívar e as propostas de integração americana no século XIX”. In: ARAUJO, Rafael; KALIL, Luís Guilherme Assis. Trajetórias Americanas. Recife: Edupe, 2002, vol. 1. Link: hhttps://www.academia.edu/73235004/James_Monroe_Sim%C3%B3n_Bol%C3%ADvar_e_as_propostas_de_integra%C3%A7%C3%A3o_americana_no_s%C3%A9culo_XIX

Resumo: As relações internacionais no continente americano são, desde o período das independências políticas, marcadas por intensos debates sobre as relações entre os Estados, com muitas propostas de aliança, união ou confederação. Ao longo dos séculos, foram construídos caminhos distintos para a integração regional ou continental, marcados em grande medida pela chamada Doutrina Monroe e pelo Congresso do Panamá, ambos da década de 1820 e relacionados entre si. O objetivo deste capítulo é situar os debates e as propostas do presidente dos EUA, James Monroe, e do presidente da Grã-Colômbia, Simón Bolívar, naquele período, suas conexões e repercussões futuras. A partir da análise daquelas duas figuras, são debatidos os conceitos e princípios daquelas propostas, seus impactos na época e na conformação de interpretações sobre as relações interamericanas, os Estados Unidos e a América Latina.

Gabriel Passetti. “Quando um general passa a ser chamado de caudilho: observações, análises e vocabulários políticos dos diplomatas do Império brasileiro na Argentina".

Gabriel Passetti. “Quando um general passa a ser chamado de caudilho: observações, análises e vocabulários políticos dos diplomatas do Império brasileiro na Argentina”. Revista Eletrônica Da ANPHLAC, v. 22, n. 33, p. 53-83, 2022. Link: https://revista.anphlac.org/anphlac/article/view/4074

Resumo: O artigo analisa os ofícios enviados pelos diplomatas do Império brasileiro em Buenos Aires, entre 1870 e 1876. A esse corpo documental tão tradicional, foram levantadas novas questões, em especial sobre como aqueles representantes de uma monarquia observaram e analisaram uma sociedade republicana e a sua política doméstica. Para tal, o foco recaiu sobre a última revolta federalista naquele país, comandada por Ricardo López Jordán, na província de Entre Rios. A partir da comparação entre as formas de descrever aquele movimento político-militar por diferentes remetentes, o objetivo foi identificar padrões de descrição da política e o uso do vocabulário político “caudilho”. Foi possível verificar que, ao longo das diferentes fases daquela sublevação, os diplomatas sempre descreveram ao líder revoltoso como “General”, recorrendo ao termo pejorativo “caudilho” somente após a sua derrota.

Gilberto da Silva Guizelin. “A desagregação do ‘Reino Unido de Brasil, Angola e Benguela’ no processo de Independência brasileiro (1822-1825). Quando D. Pedro I concordou em não aceitar proposições de quaisquer colônias portuguesas para se unirem ao Império do Brasil”.
Gilberto da Silva Guizelin. “A desagregação do ‘Reino Unido de Brasil, Angola e Benguela’ no processo de Independência brasileiro (1822-1825). Quando D. Pedro I concordou em não aceitar proposições de quaisquer colônias portuguesas para se unirem ao Império do Brasil”. Ciência e Cultura. Vol. 74, n. 1, 2022, p. 1-13. Link: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0009-67252022000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

Resumo: Neste artigo abordo os vínculos entre Brasil e Angola durante o processo da emancipação política brasileira. Nesse sentido, enfatizo que, ao contrário de outras regiões da América portuguesa, à época da Proclamação da Independência do Brasil o chamado Reino de Angola e Benguela se encontrava econômica, política e culturalmente integrado ao Rio de Janeiro, a ponto de surgir daquele lado do Atlântico um forte movimento em defesa da sua separação de Portugal e adesão ao Império do Brasil. Ao fim apresento uma breve análise das razões que levaram ao negligenciamento do assunto por parte da historiografia brasileira quando das efemérides do Centenário e do Sesquicentenário da Independência, e avalio que o contexto em torno do Bicentenário é o momento propício para a correção desta defasagem da historiografia nacional.

Gilberto da Silva Guizelin. “No rastro dos traficantes retornados e foragidos para Portugal: a ‘Intelligencia Saquarema’ no combate ao tráfico atlântico de escravos depois de 1850”.
Gilberto da Silva Guizelin. “No rastro dos traficantes retornados e foragidos para Portugal: a ‘Intelligencia Saquarema’
no combate ao tráfico atlântico de escravos depois de 1850”. Almanack. Guarulhos, n. 30,
2022, p. 1-42. Link: https://www.scielo.br/j/alm/a/CXn5pwTB7rhxjJP6CD6TQYq/abstract/?lang=pt

Resumo: Com a aprovação da Lei nº 581 de 4 de setembro de 1850, amplamente conhecida por Lei Eusébio de Queirós, o Governo Imperial passou a adotar diferentes meios no intuito de reprimir a ação dos traficantes de escravos no território nacional. Tema este que já há algum tempo vem sendo tratado com sucesso pela historiografia especializada nos anos finais do tráfico de africanos para o Brasil. Tomando um caminho um pouco diferente, este artigo se
volta para os meios empregados pelo Governo Imperial no exterior para aquele mesmo fim. Nesse sentido, sua atenção recai sobre o serviço de inteligência desenvolvido pelos agentes consulares do Brasil em Portugal na década de 1850, no intuito de acompanhar e relatar às autoridades brasileiras os rastros dos traficantes de escravos retornados e foragidos para Portugal após o endurecimento das medidas anti-tráfico no Império.

Gilberto da Silva Guizelin. “On the trail of the returned and escapade slave dealers to Portugal: the ‘Intelligencia Saquarema’ in the service of combating the Atlantic slave trade after 1850”.
Gilberto da Silva Guizelin. “On the trail of the returned and escapade slave dealers to Portugal: the ‘Intelligencia
Saquarema’ in the service of combating the Atlantic slave trade after 1850”. Almanack.
Guarulhos, n. 30, 2022, p. 1-40. Link: https://www.scielo.br/j/alm/a/CXn5pwTB7rhxjJP6CD6TQYq/?format=pdf&lang=en

Abstract: With the approval of Law no. 581 of September 4, 1850, also known as the Eusébio de Queirós Law, the Imperial Government began to adopt different means to repress the action of slave dealers in the national territory. This subject has been successfully treated for some time now by specialized historiography on the final years of the traffic of Africans to Brazil. Taking a slightly different path, this article turns to the means employed by the Imperial Government abroad for that same purpose. In this sense, its attention falls on the intelligence service developed by Brazilian consular agents in Portugal in the 1850s, to follow the traces of slave dealers returned and fugitives to Portugal after the tightening of anti-slave trade measures in the Empire.

Marcus Vinicius Biaggi. "Londres".
Marcus Vinicius Biaggi. “Londres”. In: Oliveira, Cecilia Helena de Salles & Pimenta, João Paulo (Org.). “Dicionário da Independência do Brasil: história, memória e historiografia”. São Paulo: Edusp, 2022. Link: https://www.edusp.com.br/livros/dicionario-da-independencia/

2021

Carla Menegat. “Dos cruzamentos e das fronteiras: projetos individuais e trajetória nacional nas relações Brasil-Uruguai no Século XIX”.

Carla Menegat. “Dos cruzamentos e das fronteiras: projetos individuais e trajetória nacional nas relações Brasil-Uruguai no Século XIX.” In: Murillo Dias Winter; Anderson Marcelo Shmitt. (Org.). Fronteiras na História: atores sociais e historicidade na formação do Brasil Meridional (Séculos XVIII-XX).. 1ed.Chapécó: Editora da UFFS, 2021, p. 191-211. Link: https://www.uffs.edu.br/institucional/reitoria/editora-uffs/fronteiras_na_historia_atores_sociais_e_historicidade_na_construcao_do_brasil_meridional_seculos_xvii_xx

Resumo: Esse texto aborda a fronteira Sul e suas possibilidades de aumento de poder político e de riqueza material. A partir da trajetória do Barão do Jacuí, e analisando suas ligações com o Império do Brasil e com a República Oriental do Uruguai, a autora discutiu os limites da presença do Estado, os agentes de fronteira e os indivíduos que circulavam naquele espaço, seus interesses e objetivos, apresentando uma percepção de como as reivindicações sobre a fronteira não seguiam os caminhos institucionais em algumas situações.

Daniel Emilio Rojas. “Bolivar’s Total War. War, Politics and Revolution in the Age of Independence".
Daniel Emilio Rojas. “Bolivar’s Total War. War, Politics and Revolution in the Age of Independence”. Colombian Journal of Military and Strategic Studies, Colombian Army Military Academy (ESMIC), 19, No. 35, 2021. Link: https://www.redalyc.org/journal/4762/476269690006/html/

Abstract: This article proposes introducing the concept of total war into the study of Latin American Independence in the 1810s and 1820s. We argue that total war was not an exclusively North Atlantic phenomenon, but an experience that also manifested itself at the beginning of the nineteenth century in the Spanish Viceroyalty of New Granada. To prove it, we analyze the social militarization caused by the enlightened reforms of the eighteenth century, the impact of political revolution in the Atlantic world and the decisive role of religion in creating an enemy that should be exterminated. The article concludes by pointing out two topics that underline the uniqueness of total war in a region of Latin America: the spatial and temporal unity of different forms of regular and irregular warfare, and the fact that total war was not the consequence of state action, but the starting point for State-building.

Daniel Rei Coronato. “Civilização e intervenção: as narrativas da diplomacia imperial na relação com a República Oriental do Uruguai (1851-1858)”.

Daniel Rei Coronato. “Civilização e intervenção: as narrativas da diplomacia imperial na relação com a República Oriental do Uruguai (1851-1858)”. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 4, 2021. Link: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/download/28629/22616

Resumo: O artigo tem como eixo central o estudo das relações exteriores do Império do Brasil para com a República Oriental do Uruguai durante o período de 1851-1858, portanto, entre o fim da Guerra contra Rosas até a última intervenção brasileira antes da crise que precipitou a eclosão da Guerra do Paraguai. A intenção será analisar como as narrativas diplomáticas do período proposto, mais especificamente nos Relatórios da Repartição dos Negócios Estrangeiros (RRNE), procuraram justificar e legitimar a ação imperial na região em meio à tentativa de garantir os interesses brasileiros no vizinho meridional.

Gabriel Passetti. “A política regional após a Guerra do Paraguai (1870-1881)”.
Gabriel Passetti. “A política regional após a Guerra do Paraguai (1870-1881)”. In: FERREIRA, Leonardo da Costa; LOUREIRO, Marcello José Gomes; ARIAS NETO, José Miguel. O legado de Marte: olhares múltiplos sobre a Guerra do Paraguai. Curitiba: Appris, 2021. Link: https://www.academia.edu/84349095/A_pol%C3%ADtica_regional_ap%C3%B3s_a_Guerra_do_Paraguai_1870_1881_

Resumo: O capítulo apresenta as disputas entre os antigos aliados da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) e suas relações com o Paraguai, articulando o sistema internacional platino ao sistema andino, em especial a rivalidade argentino-chilena pela Patagônia. A proposta é de analisar o período após o término do conflito com um olhar amplo para o Cone Sul a partir de relações ampliadas e não bilaterais, articulando objetivos econômicos, políticos e estratégicos daqueles Estados.

Luan Mendes de Medeiros Siqueira. “Nos caminhos da Neutralidade: a política externa brasileira entre o final da guerra da Cisplatina e os primeiros anos da Guerra Farroupilha”.

Luan Mendes de Medeiros Siqueira. “Nos caminhos da Neutralidade: a política externa brasileira entre o final da guerra da Cisplatina e os primeiros anos da Guerra Farroupilha”. Historiae, v. 11, p. 60-83, 2021. Link: https://periodicos.furg.br/hist/article/view/12250/

Resumo: O presente artigo tem por objetivo central abordar a política externa imperial entre o fim do conflito cisplatino e os primeiros anos da guerra Farroupilha, isto é, a neutralidade. Para isso, é discutido o sentido deste conceito no intuito de entender como essa abordagem se impôs. Em seguida, foram analisados os contatos diplomáticos entre os líderes políticos e militares do Rio Grande do Sul e os chefes platinos, nos momentos anteriores à eclosão da Farroupilha. Por fim, foi realizada uma análise inicial sobre a revolta mais longa da fase regencial à luz das correspondências trocadas entre os ministros dos negócios estrangeiros a respeito de seus apontamentos sobre a revolta. Busca-se compreender como a diplomacia brasileira acompanhou um conflito ocorrido no extremo sul do seu território, comprometendo a integridade do Império, seja pelo separatismo ou pela possibilidade de associação com os governos das repúblicas adjacentes.

Talita Alves de Messias. "Irineu Evangelista de Souza na Guerra Grande: o intermediário dos contratos secretos entre o Brasil e o Uruguai em 1850"
Talita Alves de Messias. “Irineu Evangelista de Souza na Guerra Grande: o intermediário dos contratos secretos entre o Brasil e o Uruguai em 1850”. História Econômica & História de Empresas (ABPHE), v. 24, p. 654-683, 2021. Link: https://www.hehe.org.br/index.php/rabphe/article/view/807

Resumo: O trabalho tem como objetivo explorar o papel de intermediador desempenhado por Irineu Evangelista de Souza, futuro Barão e depois Visconde de Mauá, nos contratos de empréstimos financeiros realizados pelo Império do Brasil ao governo do Uruguai em 1850, no início da chamada Diplomacia do Patacão. A análise é baseada no cruzamento de dados entre as fontes documentais relacionadas à Diplomacia do Patacão em 1850 e os dados e análises presentes na historiografia sobre o assunto. O estudo indica que Irineu foi convidado para atuar nessa política apenas como intermediador, de modo a tornar mais plausível o cenário que os agentes do Império visavam criar, mas que sua participação na ação secreta lhe permitiu combinar o acesso a informações privilegiadas da geopolítica regional com oportunidades de negócios, nas quais ele decidiu investir.

2020

Bruno Aranha. “Barracão ou Barracón? Fronteiras em Movimento e o Espaço Litigioso entre Brasil e Argentina (1882-1905”).

Bruno Aranha. “Barracão ou Barracón? Fronteiras em Movimento e o Espaço Litigioso entre Brasil e Argentina (1882-1905”). Boletim Gaúcho de Geografia, Vol. 47, nº 1, p. 109-131, 2020. Link: https://seer.ufrgs.br/index.php/bgg/article/view/102099/59714

Resumo: O presente artigo consiste numa proposta de análise de relatos realizados por viajantes brasileiros e argentinos que se dirigiram à fronteira Brasil-Argentina entre 1882 e 1905, onde hoje se localiza a província argentina de Misiones, o oeste catarinense e o sudoeste paranaense. Para analisar esse espaço disputado pelas duas nações, ampliamos a ideia de conceber a fronteira apenas como uma linha demarcatória para poder analisar o movimento dos agentes estatais de ambos os países dentro de um espaço, todavia indefinido, tal como uma “borderland”, idealizado como um sertão pelos brasileiros e como um desierto para os argentinos. O que acabou por conformar num olhar original, dentro de uma proposta americanista que diferia dos relatos europeus sobre a América. Desta vez, eram os americanos a olharem para suas desconhecidas vastidões interiores.

Daniel Rei Coronato. “O Brasil e o subsistema platino: os antecedentes da Guerra da Tríplice Aliança”.

Daniel Rei Coronato. “O Brasil e o subsistema platino: os antecedentes da Guerra da Tríplice Aliança”. Diálogos, v. 24, p. 6-24, 2020. Link: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Dialogos/article/view/56605

Resumo: O objetivo do artigo é analisar as interconexões entre a formação do subsistema platino e a eclosão da Guerra da Tríplice Aliança (ou Guerra do Paraguai). Marcado por dinâmicas especificas e características pré-nacionais, assim como debilidades nos mecanismos de coerção e capital, as unidades políticas da região conviveram em um ambiente externo complexo, que resultaria no conflito. A discussão, então, se centrará na problemática de interpretar como as condições regionais, atreladas ao processo de disputas durante a formação das estruturas nacionais, foram determinantes para o encadeamento de causas e condições, em especial, observando o papel do Brasil naquele contexto.

Frederico Antonio Ferreira. “Repensando a Política Externa para a África no II Reinado”.

Frederico Antonio Ferreira. “Repensando a Política Externa para a África no II Reinado”. Revista do Instituto Histórico e Geographico Brazileiro, v.482, p.257 – 289, 2020. Link:
https://www.academia.edu/43525591/Repensando_a_Pol%C3%ADtica_Externa_para_a_%C3%81frica_no_II_Reinado

Resumo: O presente artigo versa sobre a criação e o encerramento de representações do Brasil imperial no continente africano no período entre 1840 – 1889. Neste contexto se procurará estabelecer a vinculação destas representações às linhas gerais da política externa do período e aos grandes processos históricos em andamento como a escravidão, a migração e as mudanças econômicas próprias da segunda metade do século XIX. A abertura das representações diplomáticas na África do Norte, Ocidental, Centro-Ocidental e Austral, apesar da escassez da historiografia sobre o tema, demonstram a presença política, econômica e social brasileira no continente.

Gabriel Passetti. “‘Estando autorizado pelo Sr. Conselheiro Barão de Andrada’: percursos e limitações da trajetória do diplomata Luiz Augusto de Pádua Fleury em Buenos Aires (1876)”.
Gabriel Passetti. “‘Estando autorizado pelo Sr. Conselheiro Barão de Andrada’: percursos e limitações da trajetória do diplomata Luiz Augusto de Pádua Fleury em Buenos Aires (1876)”. Diálogos, v. 24, p. 88-108, 2020. Link: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Dialogos/article/view/56886

Resumo: O artigo analisa os ofícios enviados por Luiz Augusto de Pádua Fleury, Encarregado de Negócios em Buenos Aires no ano de 1876, quando foi assinada a paz entre Argentina e Paraguai. O objetivo é verificar como um diplomata em ascensão na carreira, oriundo de uma típica família da elite imperial de província periférica, tinha sua atuação limitada pela hierarquia do ministério. A análise busca verificar como suas observações e análises eram marcadas pelo fato de ser monarquista e estrangeiro vivendo em uma república.

Gabriel Passetti. “‘La cuestión de límites’: intelectuais, diplomatas e a disputa pelas fronteiras entre Argentina e Chile (séculos XIX a XXI)”.
Gabriel Passetti. “‘La cuestión de límites’: intelectuais, diplomatas e a disputa pelas fronteiras entre Argentina e Chile (séculos XIX a XXI)”. Projeto História, v. 69, p. 53-89, 2020. Link: https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/49472

Resumo: Os Estados argentino e chileno atualmente são divididos pela terceira maior linha fronteiriça do mundo e, desde a segunda metade do século XIX, houve intensos debates intelectuais sobre as áreas a serem controladas por cada país. O artigo relaciona como a intensificação da produção daqueles homens colaborou na construção de rivalidades, antagonismos e tensões internacionais que quase levaram à guerra em três oportunidades. Seu objetivo central é debater as conexões entre intelectuais, diplomatas, políticos e militares em perspectiva comparada e conectada, tendo como foco o debate sobre a linha internacional de fronteiras.

José Augusto Ribas. “O Brasil na crise das ilhas Chincha: a atuação diplomática de Francisco de Varnhagen (1864-1866)”.

José Augusto Ribas. “O Brasil na crise das ilhas Chincha: a atuação diplomática de Francisco de Varnhagen (1864-1866)”. Relaciones Internacionales (Universidad Nacional de la Plata – Argentina), n.58, 2020. Link: https://www.academia.edu/43730021/O_Brasil_na_crise_das_ilhas_Chincha_a_atua%C3%A7%C3%A3o_diplom%C3%A1tica_de_Francisco_de_Varnhagen_1864_1866_

Resumo: Este artigo analisa a atuação do diplomata brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen durante a crise das ilhas Chincha, que colocou Espanha contra Peru, Chile, Equador e Bolívia entre os anos de 1864 e 1866. A atuação de Varnhagen demonstra o posicionamento dúbio da chancelaria brasileira ante a conflitos entre vizinhos sul-americanos e potências europeias, ilustrando as inseguranças da política externa brasileira entre a Europa e a América. Varnhagen contrariou as disposições essencialmente neutras do Itamaraty, soltando notas de apoio aos vizinhos sul-americanos, e foi repreendido por isso. O artigo lança mão de extensa documentação diplomática brasileira e fornece novas perspectivas para entender este conflito importante na historiografia peruana, chilena e espanhola.

José Augusto Ribas Miranda. "De costas para a América, de frente para a Europa: a orientação da política externa do Império do Brasil no século XIX."

José Augusto Ribas Miranda. De costas para a América, de frente para a Europa: a orientação da política externa do Império do Brasil no século XIX. Vínculos de Historia, N.9, 2020, pp.367-382. Link:
https://www.academia.edu/43415752/De_costas_para_a_Am%C3%A9rica_de_frente_para_a_Europa_a_orienta%C3%A7%C3%A3o_da_pol%C3%ADtica_externa_do_Imp%C3%A9rio_do_Brasil

Resumo: O presente artigo apresenta um balanço da orientação da política externa do Império do Brasil (1822-1889). Como monarquia e com laços dinásticos com a Europa, o Brasil projetou uma política externa mais voltada à cortes europeias do que às salas presidenciais latino-americanas. A isso se devem as bases legitimadoras da monarquia brasileira e das repúblicas hispânicas e a visão de civilização e monarquia presente na elite imperial brasileira. Para demonstrar a orientação europeia da política externa brasileira, foram elaborados gráficos e tabelas dos funcionários do Itamaraty e suas respectivas gradações hierárquicas locados nos países com os quais o Império possuía representação diplomática.

2019

Bruno Aranha e Maximiliano Zuccarino. “A influência dos fatores internos na formulação da política externa: o caso da fronteira Brasil-Argentina (1880-1900)”.

Bruno Aranha e Maximiliano Zuccarino. “A influência dos fatores internos na formulação da política externa: o caso da fronteira Brasil-Argentina (1880-1900)”. Questões contemporâneas das relações internacionais na América Latina [livro eletrônico] : política externa, tensões e cooperações internacionais / organização Vivian Urquidi. São Paulo : PROLAM/USP, 2019. Link: https://sites.usp.br/prolam/wp-content/uploads/sites/35/2021/01/LIVRO-III_QUESTOES-CONTEMP-1.pdf

Resumo: Esta pesquisa consiste numa proposta que pretende explicar a política externa do Brasil e da Argentina em relação à fronteira entre ambos os países entre 1800 e 1900. A partir da análise dos trabalhos de vários analistas do campo das relações internacionais, será dada especial atenção à incidência de fatores internos na formulação e execução da política externa. Naquele momento, estava ocorrendo no Brasil a passagem da Monarquia para a República, enquanto que a Argentina estava recém unificada após várias décadas de guerras civis entre unitários e federais. As fontes utilizadas neste trabalho são relatos de viagens escritos por brasileiros e argentinos. Como se verá, as questões de política externa exerceram impacto direto sobre os autores desses relatos, contribuindo assim para as políticas públicas direcionadas para a ocupação da fronteira.

Carla Menegat. “Escravidão, cidadania, recrutamento militar e liberdade: brasileiros no Estado Oriental do Uruguai (1838-1864)”.

Carla Menegat. “Escravidão, cidadania, recrutamento militar e liberdade: brasileiros no Estado Oriental do Uruguai (1838-1864)”. Revista De História, nº 178 (outubro), 2019, 1-28. Link: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/144029

Resumo: Durante as décadas de 1840 a 1860 a relação do Império do Brasil com o Estado Oriental do Uruguai foi permeada pela presença de criadores de gado brasileiros no norte deste país e, mais precisamente, pela reprodução de um determinado modelo produtivo implantado por estes estancieiros. Durante a Guerra Grande, conflito civil que opôs colorados e blancos, houve duas declarações de abolição da escravidão: a dos colorados, em 1842, que atingiu mormente aqueles que estavam em Montevidéu; e a dos blancos, em 1846, que atingiu em cheio todos os que possuíam cativos na campanha, entre eles os brasileiros ao norte. O objetivo é demonstrar que, muito mais do que títulos, perceber-se como cidadão oriental ou como súdito do Império era encontrar abrigo às próprias aspirações à liberdade ou à posse escrava.

Daniel Emilio Rojas. “Une guerre (pas) si lointaine. La guerre franco-prussienne en Amérique latine, 1870-1873”.
Daniel Emilio Rojas. “Une guerre (pas) si lointaine. La guerre franco-prussienne en Amérique latine, 1870-1873 ” In: ALLORANT, Pierre; GARRIGUES, Jean; BORRELL, Alexandre. “1870. Entre mémoires régionales et oublie nationale”. Rennes, Presses Universitaires de Rennes, 2019. Link: https://pur-editions.fr/product/4622/1870-entre-memoires-regionales-et-oubli-national

Resumo: Durante as décadas de 1840 a 1860 a relação do Império do Brasil com o Estado Oriental do Uruguai foi permeada pela presença de criadores de gado brasileiros no norte deste país e, mais precisamente, pela reprodução de um determinado modelo produtivo implantado por estes estancieiros. Durante a Guerra Grande, conflito civil que opôs colorados e blancos, houve duas declarações de abolição da escravidão: a dos colorados, em 1842, que atingiu mormente aqueles que estavam em Montevidéu; e a dos blancos, em 1846, que atingiu em cheio todos os que possuíam cativos na campanha, entre eles os brasileiros ao norte. O objetivo é demonstrar que, muito mais do que títulos, perceber-se como cidadão oriental ou como súdito do Império era encontrar abrigo às próprias aspirações à liberdade ou à posse escrava.

Frederico Antonio Ferreira. “Augustus Archer, entre o passado e o futuro das relações entre o Império do brasil e a África portuguesa”.

Frederico Antonio Ferreira. “Augustus Archer, entre o passado e o futuro das relações entre o Império do brasil e a África portuguesa”. Revista transversos. v.1, p.213 – 230, 2019. Link: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/transversos/article/view/42043/29153

Resumo: O presente artigo busca investigar a trajetória do braso-americano Augustus Archer Silva, negociante com diversas áreas de atuação em Luanda e de como ele tornou-se vice-cônsul do Império do Brasil em Angola entre os anos de 1865 a 1877. Sua atuação no cargo foi marcada por conflitos e desencontros em torno do recolhimento de espólios de súditos brasileiros falecidos em Angola. Sua atuação ao mesmo tempo que trazia elementos típicos do período de vigência do tráfico transatlântico de escravos por outro prenunciava a postura da política externa brasileira para a África durante o Neocolonialismo.

Frederico Antonio Ferreira. “Entre velhos e novos paradigmas: Saturnino de Sousa e Oliveira e a reabertura do consulado brasileiro em Luanda”.

Frederico Antonio Ferreira. “Entre velhos e novos paradigmas: Saturnino de Sousa e Oliveira e a reabertura do consulado brasileiro em Luanda”. Cadernos do CHDD (FUNAG). v.34, p.493 – 512, 2019. Link: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-1014-cadernos_do_chdd_ano_18_numero_34_2019

Resumo: Artigo busca tratar sobre a reabertura da representação consular do Brasil em Luanda em 1855 e dos esforços do agente Saturnino de Sousa e Oliveira tanto no combate ao tráfico de pessoas quanto na busca por retomar os vínculos comerciais entre os dois países. Tais esforços por parte do membro da diplomacia brasileira ao mesmo tempo chocam-se aos interesses portugueses, britânicos e franceses na região e são envolvidos nos conflitos entre o estado colonial português e as populações locais que a ela resistiam.

Frederico Antonio Ferreira. “Relações entre o Brasil e o norte da África no século XIX: migração e comércio”.

Frederico Antonio Ferreira. “Relações entre o Brasil e o norte da África no século XIX: migração e comércio”. Faces da História, v.6, p.100 – 116, 2019. Link: http://seer.assis.unesp.br/index.php/facesdahistoria/article/view/1396

Resumo: Artigo busca analisar a abertura de representações consulares no norte da África entre os anos de 1850 a 1889 em um contexto no qual o Império do Brasil buscava ampliar os mercados consumidores para seus produtos agrícolas, especialmente o café assim como atrair migrantes. Com isso buscava mostrar-se como uma potência liberal e progressista em pé e igualdade com as demais potências europeias. Este processo de expansão choca-se com a expansão neocolonialista nesta região no último quartel do século XIX.

Gilberto da Silva Guizelin. “Uma luz sobre as relações Brasil-Moçambique no Oitocentos: a Missão Consular de João Luiz Airoza (1827-1828)”.
Gilberto da Silva Guizelin. “Uma luz sobre as relações Brasil-Moçambique no Oitocentos: a Missão Consular de João Luiz Airoza (1827-1828)”. Revista de História. São Paulo, n. 178, 2019, p. 1-30. Link: https://www.scielo.br/j/rh/a/vhg7QsFsKPdRXp7DqR5sZtk/abstract/?lang=pt

Resumo: Após a assinatura da Convenção de 1826 com a Grã-Bretanha, pela qual o governo de D. Pedro I concordou, em troca do reconhecimento britânico, coibir o tráfico transatlântico de africanos para o Império a partir de 1830, foram criadas representações consulares brasileiras na África Portuguesa com a explícita finalidade de proteger a atuação de negreiros brasileiros nos últimos anos de legalidade do comércio de escravos sob a bandeira imperial. Neste sentido, o presente artigo investiga a atuação de João Luiz Airoza, cônsul do Brasil em Moçambique, entre 1827 e 1828, na defesa do circuito negro entre o Brasil e a África Oriental. Para tanto, o texto aqui apresentado priorizou como fonte de estudo a documentação consular produzida por Airoza e dirigida à antiga Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros.

2018

Bruno Aranha e Maximiliano Zuccarino. “A incidência de fatores internos na formulação da política externa: O Brasil e seu projeto de nação na fronteira com a Argentina durante a transição do Império para a República”.

Bruno Aranha e Maximiliano Zuccarino. “A incidência de fatores internos na formulação da política externa: O Brasil e seu projeto de nação na fronteira com a Argentina durante a transição do Império para a República”. Dimensões – Revista de História da Universidade Federal do Espírito Santo, v. 41, jul.-dez., p. 181-213, 2018. Link: https://periodicos.ufes.br/dimensoes/article/view/17982

Resumo: Este artigo pretende explicar a política externa do Brasil em relação à sua fronteira com a Argentina – mais especificamente, a zona litigiosa que circunda o território de Misiones- entre o final do século XIX e o início do século XX. A partir da análise dos trabalhos de vários analistas do campo das relações internacionais, será dada especial atenção à incidência de fatores internos na formulação e execução da política externa, especialmente o que toca o tipo de regime prevalecente, já que, naquele momento, estava ocorrendo no Brasil a passagem da Monarquia para a República, o que, como se verá, exerceu um impacto direto no avanço e consolidação da fronteira sul pelas autoridades
brasileiras.

Bruno Aranha e Maximiliano Zuccarino. “Los factores internos en la formulación de la política exterior. La variable tipo de régimen a la luz de dos estudios de caso: Brasil y la Argentina (1889-1938)”.

Bruno Aranha e Maximiliano Zuccarino. “Los factores internos en la formulación de la política exterior. La variable tipo de régimen a la luz de dos estudios de caso: Brasil y la Argentina (1889-1938)”. XVIII Jornadas Nacionales de Filosofía y Ciencia Política: Mar del Plata, Argentina, 2018. Link: https://www.researchgate.net/publication/331070948_Los_factores_internos_en_la_formulacion_de_la_politica_exterior_La_variable_tipo_de_regimen_a_la_luz_de_dos_estudios_de_caso_Brasil_y_la_Argentina_1889-1938

Resumo: Luego de un repaso por algunos de los principales aportes en torno a la incidencia de los factores internos en la formulación de la política exterior – entendida como política pública-, se propone analizar el caso de la variable “tipo de régimen” y su influencia en la actuación internacional del Brasil y la Argentina ante dos coyunturas particulares: el pasaje de monarquía a república y su posicionamiento en relación a los diferendos limítrofes con la Argentina a fines del siglo XIX; y la participación del gobierno del General Justo en el conflicto del Chaco entre Paraguay y Bolivia en la década de 1930, respectivamente.

Carla Menegat. “Cultura Política, Guerra e projeto nacional: uma discussão sobre a política imperial e os proprietários brasileiros no Uruguai.”

Carla Menegat. “Cultura Política, Guerra e projeto nacional: uma discussão sobre a política imperial e os proprietários brasileiros no Uruguai.” In: Charles Sidarta Machado Domingos; Alessandro Batistella; Douglas Souza Angeli. (Org.). Capítulos de História Política. São Leopoldo: Oikos, 2018, v. , p. 164-185. Link: https://oikoseditora.com.br/files/Capitulos%20de%20historia%20politica%20-%20E-BOOK.pdf

Resumo: O capítulo discute a guerra como recurso político utilizado pelos estancieiros brasileiros que viviam no Uruguai em meados do século XIX, dentro da disputa por diferentes projetos nacionais para a fronteira Brasil-Uruguai. Também aponta caminhos de investigação sobre o tema e como mais do que buscar novos documentos é necessário mudar a chave interpretativa para observar o uso da violência não como disruptor da ordem, mas como conformador de uma ordem que não corresponde àquela que é imposta desde a Corte.

Daniel Rei Coronato. “Visões da Diplomacia Brasileira no Prata: Os ofícios do governo do Rio Grande do Sul”.

Daniel Rei Coronato. “Visões da Diplomacia Brasileira no Prata: Os ofícios do governo do Rio Grande do Sul”. Cadernos do CHDD (FUNAG), v. Ano XVI, p. 527-557, 2018. Link: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-277-cadernos_do_chdd_ano_16_numero_31_2017

Resumo: O artigo aborda as relações do Brasil no Prata, entre os anos 1845-50 — e de perspectiva provincial, buscando relacionar o espaço rio-grandense e a política externa. O trabalho procurou analisar a importância das relações entre as autoridades provinciais e o governo Imperial na definição da política externa para a região, além de colaborar decisivamente para o processo de formação e consolidação nacional brasileira.

Luan Mendes de Medeiros Siqueira. “Fronteiras e Estratégias de paz: diplomacia entre o Império do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata na guerra da Cisplatina (1825-1828)”.

Luan Mendes de Medeiros Siqueira. “Fronteiras e Estratégias de paz: diplomacia entre o Império do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata na guerra da Cisplatina (1825-1828)”. Faces de Clio, v. 4, p. 64-85, 2018. Link: https://www.ufjf.br/facesdeclio/files/2014/09/7.Artigo-D4-Luan.pdf

Resumo: Este artigo tem como objetivo central realizar uma breve discussão das possibilidades diplomáticas e estratégias de paz entre o Império do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata no conflito cisplatino. Para isso, utilizamos como documentação a ser investigada algumas correspondências diplomáticas trocadas entre os ministros dos negócios estrangeiros de ambos os governos sob a mediação dos representantes ingleses e documentos preliminares que foram base para a redação oficial da Convenção Preliminar de Paz, realizada em 29 de agosto de 1828, documento que selou definitivamente a guerra. Pretendemos abordar os diferentes discursos diplomáticos encabeçados por cada um dos governos sobre a província Cisplatina sobretudo a região do Rio da Prata, bem como as resoluções de fronteiras, uma das pautas diplomáticas centrais debatidas no desfecho da guerra.

Luan Mendes de Medeiros Siqueira. “O Império no Prata: a dinâmica da diplomacia após o conflito cisplatino (1825-1828)”.

Luan Mendes de Medeiros Siqueira. “O Império no Prata: a dinâmica da diplomacia após o conflito cisplatino (1825-1828)”. Anais do Encontro Internacional e XVIII Encontro de História da Anpuh-Rio: História e Parcerias, 2018.

Resumo: O presente trabalho pretende abordar nesse simpósio o discurso diplomático brasileiro sobre a região do Rio da Prata após a guerra da Cisplatina (1825- 1828). Interessado durante a guerra na anexação da província Cisplatina aos seus domínios territoriais, o Império tinha como base o princípio da doutrina das fronteiras naturais e do uti- possidetis, utilizados como pilares de sua política externa não apenas nessa guerra como também ao longo de todo o século XIX. Pretendemos dar ênfase na análise de algumas correspondências diplomáticas entre os próprios representantes brasileiros e dos mesmos com os ministros das Províncias Unidas do Rio da Prata e do novo país formado, fruto do desfecho do conflito: a república Oriental do Uruguai. O referido conflito criou novos atores políticos e sociais em face do Prata e promoveu um alargamento das relações diplomáticas na região do cone- sul. Sabemos também que uma guerra não resolve de maneira definitiva os problemas suscitados entre os países beligerantes. Um dos elementos discutidos entre as autoridades diplomáticas foi a questão das fronteiras. Os interesses limítrofes entre os governos vizinhos nos mostram a profundidade de o quanto a fronteira não é algo dado, um simples critério geográfico, natural e mero divisor de territórios. Para além dessas características, ela é reflexo das relações políticas locais que também se estabelecem nesses espaços. Entre o macro e o micro, pensarmos a fronteira nessas distintas configurações é enunciarmos as diferentes concepções existentes nas áreas de litígio. O campo diplomático é caracterizado sobretudo por estratégias de coalizão e interesses que vão além das formalidades e negociações que se dizem definitivas ou preliminares. Analisar essas nuances torna-se fundamental a fim de entendermos, de maneira geral, os reais objetivos de uma política externa. Além disso, perceberemos o quanto esse campo é marcado como um espaço de legitimidade de um discurso político mas também por contradições.

Pedro Gustavo Aubert e Jéssica de Freitas e Gonzaga da Silva. “Pax armada na bacia do prata: a política de defesa da armada imperial contra República do Paraguai”.

Pedro Gustavo Aubert e Jéssica de Freitas e Gonzaga da Silva. “Pax armada na bacia do prata: a política de defesa da armada imperial contra República do Paraguai”. Revista Brasileira de História Militar Edição 23, 2018. Link: http://www.historiamilitar.com.br/wp-content/uploads/2018/10/RBHM-IX-23.pdf

Resumo: Entre a Guerra contra Rosas e Oribe (1852) até a eclosão da Guerra do Paraguai (1864), período caracterizado pela pax armada na região platina, a ameaça e o exercício da violência foram considerados instrumentos políticos do Estado Imperial. O Ministério da Marinha foi atuante na defesa do território e na preparação para guerra contra Assunção. Nossa proposta é apresentar a análise sobre o uso concomitante da diplomacia e da força, destacando as principais estratégias para o combate contra o governo paraguaio e para defesa da fronteira de Mato Grosso: Trem Naval e Estação Naval do Mato Grosso; Modernização da Esquadra e o Estabelecimento Naval do Itapura e Colônia Militar.

Talita Alves de Messias. "A Guerra Grande e a Província de São Pedro (1839-1852)"
Talita Alves de Messias. “A Guerra Grande e a Província de São Pedro (1839-1852)”. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 154, p. 89-114, 2018. Link: https://seer.ufrgs.br/index.php/revistaihgrgs/article/view/80080

Resumo: A Guerra Grande (1839-1852) foi um conflito internacional que fez parte do processo de construção dos Estados da região da Bacia Platina. Iniciada no Uruguai, essa guerra foi decisiva na configuração das forças regionais, inclusive na Província brasileira de São Pedro. Esta pesquisa historiográfica visa discutir como quatro aspectos relacionados a essa guerra (a Revolta Farroupilha, as Califórnias, os Brummer, e os Tratados de 12 de outubro de 1851) são fundamentais para compreender esse complexo conflito platino e sua repercussão na Província de São Pedro, e consequentemente, no Império do Brasil.

2017

Frederico Antonio Ferreira. “Diplomacia do Império Brasileiro na África entre 1850-1860: abolicionismo, liberalismo e civilização.”

Frederico Antonio Ferreira. “Diplomacia do Império Brasileiro na África entre 1850-1860: abolicionismo, liberalismo e civilização.” Faces de Clio. , v.3, p.1 – 22, 2017. Link: http://www.ufjf.br/facesdeclio/files/2014/09/5.Artigo-D1-Frederico.pdf

Resumo: O artigo busca analisar como o consulado brasileiro em Luanda colaborava com os esforços britânicos na atuação antitráfico no Atlântico Sul entre 1850-1860 e com isso buscava defender o livre-comércio como meio de promover a extinção completa do tráfico de escravos e apresentar o Império do Brasil como uma nação civilizada e progressista.

2016

Gilberto da Silva Guizelin. “Um documento, um comentário: Relações Brasil-África, missão especial de Hermenegildo Niterói (1850-1853)”.

Gilberto da Silva Guizelin. “Um documento, um comentário: Relações Brasil-África, missão especial de Hermenegildo Niterói (1850-1853)”. Cadernos do CHDD. Rio de Janeiro, vol. 15, n. 28, 2016, p. 549-565. Link: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-435-cadernos_do_chdd_ano_15_numero_28_2016

Resumo: No Arquivo Histórico do Itamaraty, em meio a massa de documentos que compõem o fundo das correspondências expedidas e recebidas pelas antigas Legações do Brasil Império, há uma pasta identificada por Legação – Monróvia/Libéria. Ofícios e Despachos, 1850-1853, sob o registro de localização 221/2/7. Na pasta em questão, estão reunidos três documentos referentes à missão diplomática confiada a Hermenegildo Frederico Niterói na República da Libéria, país situado na África Ocidental, entre 1850 e 1853. A importância destes documentos, fornece-nos fatos e indícios de um aspecto das relações de longa data entre o Brasil e a África até então desconhecido ou, que, quando muito, não ultrapassava uma menção de nota de pé de página. Não obstante, além de constituírem em registro particular da história diplomática brasileira, os documentos sobre a Missão Niterói configuram registros de interesse específico para os investigadores da história da própria Libéria.

2015

Gilberto da Silva Guizelin. “A última embaixada de um monarca africano no Brasil: Manoel Alves Lima, um embaixador do Reino de Onim na corte de D. Pedro I”.
Gilberto da Silva Guizelin. “A última embaixada de um monarca africano no Brasil: Manoel Alves Lima, um embaixador do Reino de Onim na corte de D. Pedro I”. Anos 90. Porto Alegre, v. 22, n. 42, 2015, p. 325-351. Link: https://seer.ufrgs.br/index.php/anos90/article/view/54813#:~:text=Resumo,monarca%20africano%20em%20solo%20brasileiro

Resumo: Este artigo trata da terceira embaixada do Reino de Onim ao Brasil (c. 1822/25). Enviada pelo rei Ajan, e chefiada pelo Tenente Coronel Manoel Alves Lima, esta embaixada foi a última missão diplomática de um monarca africano em solo brasileiro. Ela foi ainda a única das embaixadas africanas enviadas no século XIX que obteve permissão para completar a sua missão, seguindo para o Rio de Janeiro ao encontro do imperador D. Pedro I, a quem Manoel Alves Lima apresentou o reconhecimento da independência do Império em nome de Ajan e de outros soberanos do “Continente Negro”. À luz de uma documentação diplomática pouco difundida, portanto, ainda inédita, este artigo busca reconstruir a história desta embaixada, e, por meio desta adensar a compreensão do quadro histórico das relações africano-brasileiras.

Gilberto da Silva Guizelin. “As relações africano-brasileiras de longa data: uma análise da investigação histórica sobre o assunto no Brasil”.
Gilberto da Silva Guizelin. “As relações africano-brasileiras de longa data: uma análise da investigação histórica sobre o
assunto no Brasil”. História e Cultura. Franca, v. 4, n. 1, 2015, p. 45-67. Link: https://seer.franca.unesp.br/index.php/historiaecultura/article/view/1484

Resumo: O presente artigo parte do pressuposto de que ao contrário da história das relações contemporâneas entre o Brasil e a África, a história das relações pretéritas entre as duas margens do Atlântico Sul não tem recebido a mesma atenção por parte dos investigadores brasileiros. Acredita-se aqui que tal descompasso investigativo seja fruto de uma visão histórica reducionista, por muito tempo predominante no meio acadêmico nacional, e, por conseguinte, da dificuldade sentida entre os próprios investigadores brasileiros de reunir fontes que lhes permitam recriar, observar e analisar o contexto das relações de longa data entre o Brasil e a África. Ainda assim, ressalta-se aqui que a partir de uma reorientação quanto às perspectivas de investigação é sim possível o desenvolvimento de novos estudos do entrosamento africano-brasileiro mais distante.

Gilberto da Silva Guizelin. “‘Província (de) um grande Partido Brasileiro, e mui pequeno o Europeu’: a repercussão da Independência do Brasil em Angola (1822-1825)”.
Gilberto da Silva Guizelin. “‘Província (de) um grande Partido Brasileiro, e mui pequeno o Europeu’: a repercussão da
Independência do Brasil em Angola (1822-1825)”. Afro-Ásia. Salvador, v. 51, 2015, p. 81-106. Link: https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/21880

Resumo: A partir do uso da correspondência das autoridades coloniais angolanas da primeira metade da década de 1820, este artigo pretende examinar o impacto, em Angola, da ruptura do Reino Unido de Portugal e Brasil. uma das causas de a independência brasileira ter repercutido na África portuguesa se deve ao número e ao grau de integração dos negociantes brasileiros junto à elite mercantil angolana. Sem surpresa, até o final da querela luso-brasileira — oficialmente encerrada com o Tratado de Aliança e Amizade, de 29 de agosto de 1825 —, o combate ao chamado “partido brasileiro” constituiu a principal tarefa das autoridades coloniais de Angola, no intuito de evitar um colapso ainda maior do complexo atlântico do Império Ultramarino Português.

Gilberto da Silva Guizelin. “Um documento, um comentário: Relações Brasil-África, missão especial de Hermenegildo Niterói (1850-1853)”.

Gilberto da Silva Guizelin. “Um documento, um comentário: Relações Brasil-África, missão especial de Hermenegildo Niterói (1850-1853)”. Cadernos do CHDD. Rio de Janeiro, vol. 15, n. 28, 2016, p. 549-565. Link: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-435-cadernos_do_chdd_ano_15_numero_28_2016

Resumo: No Arquivo Histórico do Itamaraty, em meio a massa de documentos que compõem o fundo das correspondências expedidas e recebidas pelas antigas Legações do Brasil Império, há uma pasta identificada por Legação – Monróvia/Libéria. Ofícios e Despachos, 1850-1853, sob o registro de localização 221/2/7. Na pasta em questão, estão reunidos três documentos referentes à missão diplomática confiada a Hermenegildo Frederico Niterói na República da Libéria, país situado na África Ocidental, entre 1850 e 1853. A importância destes documentos, fornece-nos fatos e indícios de um aspecto das relações de longa data entre o Brasil e a África até então desconhecido ou, que, quando muito, não ultrapassava uma menção de nota de pé de página. Não obstante, além de constituírem em registro particular da história diplomática brasileira, os documentos sobre a Missão Niterói configuram registros de interesse específico para os investigadores da história da própria Libéria.

2014

Daniel Rei Coronato. “A política externa das últimas décadas do Império Brasileiro (1870-1889)”.

Daniel Rei Coronato. “A política externa das últimas décadas do Império Brasileiro (1870-1889)”. Revista Eletrônica da ANPHLAC, v. XIII, p. 113-132, 2014. Link: https://revista.anphlac.org.br/anphlac/article/view/1427

Resumo: Este artigo tem como eixo central o estudo das relações exteriores do Império Brasileiro durante o período de 1870-1889. A proposta é contribuir com as pesquisas históricas das relações internacionais do Brasil, fundamentando-se no objetivo de entender as linhas gerais da política externa em meio ao processo de declínio do regime monárquico.

José Augusto Ribas. “O nacionalismo e a experiência britânica no século XIX: Lord Acton, Foreign Office e a Questão Christie”.

José Augusto Ribas. “O nacionalismo e a experiência britânica no século XIX: Lord Acton, Foreign Office e a Questão Christie”. Dimensões, v.33, p.384 – 401, 2014. Link: https://www.academia.edu/31789577/O_Nacionalismo_e_a_experiencia_britanica_no_seculo_19_Lord_Acton_Foreign_Office_e_a_Quest%C3%A3o_Christie

Resumo: ste ensaio visa apresentar as ideias de Lord Acton sobre nacionalismo, inserindo-o no contexto da produção de seu ensaio Nationality de 1862. A turbulenta década de 1860 forneceu elementos para a formação das ideias de Acton, bem como a própria experiência britânica. Assim, o historiador vitoriano estaria em compasso com os ideais liberais da política externa do Foreign Office, condenando motivações nacionalistas. Logo após, serão discutidas suas ideias sobre nacionalismo tendo em vista a condução da política externa britânica em meado do século XIX, em especial para com o Império do Brasil, durante o episódio diplomático da “Questão Christie”, em que o possível apelo nacional do Brasil levaria o Império Britânico à razão dos argumentos.

José Augusto Ribas Miranda. “O antípoda da civilização”.

José Augusto Ribas Miranda. “O antípoda da civilização”. Diálogos Latinoamericanos. , v.21, p.171 – 188, 2014. Link: https://www.academia.edu/16260763/ANT%C3%8DPODA_DA_CIVILIZA%C3%87%C3%83O

Resumo: República e Anarquia. Monarquia e Civilização. Estes conceitos eram recorrentes nos discursos dos senadores e deputados conservadores do Império durante a primeira metade do século dezenove. O Império do Brasil contava com uma elite conservadora que procurava colocar o regime monárquico, umbilicalmente ligado à tradição europeia, como luz em meio à instabilidade política das repúblicas hispânicas. Um importante elemento que buscou delinear as ações e o funcionamento desta monarquia brasileira, projeto civilizacional na América, foi o Ensaio sobre o Direito Administrativo de 1862, obra de Paulino José Soares de Souza, Visconde do Uruguai. Por meio da análise desta obra, este trabalho busca traçar a imagem negativa que o sistema republicano possuía para a elite conservadora, afetada grandemente pelos exemplos hispânicos, em que se enxergava a monarquia como credor da estabilidade constitucional e política, pontos fundamentais para se alcançar um mais alto estágio civilizacional.

2013

Gilberto da Silva Guizelin. “A abolição do tráfico de escravos no Atlântico Sul: Portugal, o Brasil e a questão do contrabando de africanos”

Gilberto da Silva Guizelin. “A abolição do tráfico de escravos no Atlântico Sul: Portugal, o Brasil e a questão do contrabando de africanos”. Almanack, Guarulhos, n. 5, 2013, p. 123-144. Link: https://www.scielo.br/j/alm/a/THrcXHzGYwcrgyXFGnZBVDL/?lang=pt

Resumo: Este artigo aborda a temática da abolição do tráfico de escravos realizado no
Atlântico Sul. Cumpre destacar que o estudo que aqui se apresenta não traz uma discussão a partir do enquadramento das relações diplomáticas anglo-brasileiras com a questão do tráfico de escravos, mas sim com base no condicionamento do relacionamento luso-brasileiro com esta questão em meados do século XIX.

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